Voltei a velha casa...

Eu já Te disse tantas coisas, fiz tantas orações, pedi tanto, pedi tanto mesmo. Algumas vezes eu ma sabia como orar, o que orar. Muitas vezes, te deixei pra lá, pensei que não resolveria não que você não pudesse resolver, era eu quem não merecia. Eu fui embora, fui embora de mim, e como eu estava em Você, eu fui embora de você. Descobri que eu já havia expulsado várias pessoas de mim, e de Você. Eu simplesmente fui.

Mas eu encontrei o meu lar. Sim! O meu lar! É que foi assim, tinha uma multidão, eu me sentei no chão, lá trás, e lembrei da minha origem, minha origem em ti, desde a fundação dos séculos, lembra? Então, tinha alguém falando sobre isso, enquanto cantava músicas sobre isso. Mas eu estava sentada no chão, e eu não tinha o que dizer. Então eu me lembrei de algumas palavras, uma conversa escrita minha contigo, mas que eu nunca havia te dito ainda. Era mais um daqueles diálogos elaborados que temos mentalmente, quando queremos falar com alguém? Era um desses, e estava escrito.

Ontem eu decidi te contar que estava tudo bagunçado aqui dentro. Que os móveis estavam fora do lugar, alguns caindo aos pedaços por descuido meu. Te contei que eu não conseguia arrumar, eu não queria arrumar, que eu queria dormir. Disse a Você que eu queria ser sua habitação, mas eu não podia arrumar tudo para te esperar chegar, eu não conseguia fazer isso. Eu te disse, Entre, a casa é sua.

Ah, mas você é o sinônimo perfeito da paz, Eu posso te chamar de paz. Você é a definição perfeita do perfeito amor e cuidado. Você é a definição perfeita do que eu sempre quis ser e preciso ser, mas eu ainda precisava de paz. E então, eu conheci o Teu Lugar, a Tua Presença, aquela que eu cantava sempre, todos os domingos e que acreditava que era. Mas Você, ah, Você me apresentou o Seu lugar, que agora é nosso. Um lugar de cor azul claro, bem claro, limpo, poucos móveis, um aqui outro ali. Mas tinha um canto aconchegante, era lá eu deveria ficar e te contar tudo que estava acontecendo aqui.

Como se não bastasse, eu entendi o que era voltar a origem, era lá que eu sempre morei, mas eu decidi sair, construí, se é que pode chamar de construção, a minha própria casa. Te chamei para entrar, quando na verdade, o senhor queria que eu voltasse para a sua casa, aquela limpa, azul claro, que exalava calmaria. E então, eu entendi o que era prazer o Teu lugar.

Mudei de casa, ontem mesmo. Estou de casa nova, ou melhor, voltei para a mina velha casa. Ela é mais que um lugar, é um estado, estado físico, mental e espiritual. É onde eu posso ficar todo o tempo. É onde eu estou agora. Eu encontrei o meu lar, eu encontrei o que é o sinônimo da Eternidade. Eu agora entendi que tenho uma morada.

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