Escrever para quê?

No caos infinito do universo conservador e expositor, em que não se vive, se finge. Contraditório, diz amar sorrisos mas só dão motivos para o fim dele. Crescemos e nos tornamos altamente desqualificados a amar, pensar, sorrir, acreditar. Não sabemos nem o que é imaginar. 


Quando escrevo, permito que invadam o meu mundo. Que olhem a beleza do céu e amem o brilho das estrelas. Quando escrevo, tenho o mundo nas pontas dos dedos e o sorriso da menina na palma das suas mãos

De gente que escreve noticias ruins que acontecem diariamente, já tem um monte. De críticos políticos e religiosos, que escrevem e argumentam também deixa já se esgotaram as vagas. Quero por um minuto ser dona de sorrisos involuntários nas pessoas. Quero promover lembranças de um amor antigo. Dar esperança para um futuro, causar frios na barriga e inspirar novos mundos

Escrevo para esvaziar-me de mim mesma. Para compartilhar de quem sou, tirar de mim o que há de ruim e transformar em palavras boas. Influenciar ideias e inspirar pessoas e viverem o novo. Escrever é ser amigo das palavras, que te aceita como você de fato é. É olhar beleza onde ninguém mais viu, é falar sobre assuntos que o mundo lá fora já esqueceu. É reler textos antigos e notar quem eu era e quem deixei de ser. 

Deixe o mundo um pouco pra lá, você não precisa e nem pode se apegar a ele. Não deixe que ele apague com o encanto do senso de humor, da beleza do seu mundo interior e a vontade de viver. Vem pra cá, leia um bom texto, fale de amor, viva em detalhes e escreva, escreva palavras, escreva textos, escreva poesias, escreva crônicas, escreva a vida mas tão somente escreva. Entre um café e outro, escreva.

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